MARAGOGIPE CIDADE HISTÓRICA DO RECÔNCAVO
História
Quem chega a Maragogipe, cidade histórica do recôncavo baiano, depara-se com um município simples, mas com rica beleza natural, com características seculares habitada por um povo alegre, hospitaleiro, e confiante no seu padroeiro: São Bartolomeu. Os primeiros exploradores chegaram por volta de 1520, atraídos pela riqueza das matas e a existência de um porto que funcionava como apoio à rota marítimo-fluvial que terminava no município de Cachoeira.
Como de costume, os primeiros habitantes lusos que chegaram de Portugal para explorar a região instituíram um santo protetor para o lugarejo que iriam habitar. Na época foi escolhido São Gonçalo. Este protetor se tornou o baluarte de todos os que ali moravam.
Com a vinda dos portugueses mais abastados, enviados pela Coroa de Portugal para controlar a região, o panorama foi modificado, pois os cultos profanos praticados pelos negros e os nativos indígenas começaram a incomodar. A partir daí, houve a mudança do padroeiro da vila e sua história começou a ser modificada.
Foi habitada inicialmente por uma tribo indígena destemida e laboriosa denominada “Marag- gyp”, que significa “braços invencíveis”. Os habitantes da aldeia manejavam habilmente o arco e a flecha, o que de fato com simples golpes se faziam guerreiros.
Em 1565, deixou a condição de sesmaria e passou a condição de capitania hereditária do Paroaçu ou Paraguaçu do Recôncavo.
Foi erguida ali uma capela dedicada a São Bartolomeu que em 1640 condicionou sua elevação à categoria de freguesia, passou a denominar-se Freguesia de São Bartolomeu de Maragogipe, para finalmente, em 1850, receber o título de cidade. A Festa de São Bartolomeu ocorre todos os anos no mês de agosto.
Atualmente, além da agricultura de subsistência, da pesca e do comércio local, o Polo Naval, local de construção e reparos de plataformas e de um estaleiro para construção de navios, representa uma das principais fontes de renda da população do município histórico. Sua cultura agrícola é sustentada pelo cultivo da madioca, do inhame, do aipim, da banana, da manga e da jaca.
DADOS DA CIDADE DE MARAGOGIPE
EMANCIPAÇÃO: 09 de fevereiro 1725
DATA DE ELEVAÇÃO A CIDADE: 08 de maio 1850
CEP. 44.442.000 ÁREA: 436,072 km2
VOLTAGEM: 110 e 220 v
POPULAÇÃO URBANA: 21.042
POPULAÇÃO TOTAL: 42.815
LIMITES: Norte – São Felix e Cachoeira, Sul – Nazaré e Jaguaripe, Leste – Baía de Todos os Santos, Cachoeira, Saubara e Salinas, Oeste – São Felipe
ALTITUDE : 50m
CLIMA: Úmido a sub-úmido
TEMPERATURA: Mínima-21,9ºC Máxima-31ºC Média Anual -25,4ºC
MUNICÍPIO: Maragogipe
DISTRITOS: Coqueiros, Guaí, Guapira, Najé e São Roque do Paraguaçu
REGIÃO: Recôncavo Sul
DISTÂNCIA/SSA : 133 KM
POSSUI DUAS FILARMÔNICAS: Sociedade Filantrópica e Recreativa Terpsícore Popular End. Rua Fernando Suerdieck, nº14. Criada em 13 de junho de 1880, a Terpsícore possui um repertório de dobrados, choros, árias, marchas, maxixes, valsas e operetas.
Sociedade Filantrópica e Recreativa Dois de Julho End. Praça Ermezindo Mendes, nº 22 Criada em 1887, possui um repertório de dobrados, marchas, músicas popular, valsas, choros, árias e operetas.
COMO CHEGAR: Distâncias Rodoviárias Interurbanas Salvador 133 km, Cachoeira 23 km, Nazaré 68 km, Valença 117 km, Bom Despacho 62 Km, Feira de Santana 75 Km, Marítima Salvador via Baía de Todos os Santos 40 milhas
RODOVIAS DE ACESSO: Salvador BR 324, Rio de janeiro BR 101, Salvador/Santo Amaro, Cachoeira e São Felix BR 420,
CULTOS RELIGIOSOS: Adventista do 7º dia, Universal do Reino de Deus, Assembléia de Deus, Igreja Católica, Centro Espírita e Candomblé - nações Ketu, Angola e Jeje.
Ivon de Albuquerque
Poeta e Pesquisador